A Petrobrás e suas posturas
O estado do Ceará pode sofrer um golpe violento. A Petrobrás ameaça não cumprir o contrato feito há tempos de fornecer gás natural para a siderúrgica que está se implantando no estado. Esse impasse ameaça a instalação da Usina Siderúrgica do Ceará, projeto da Companhia Vale do Rio Doce e das empresas Danieli (Itália) e Dongkuk (Coréia). A usina será instalada na região do Porto de Pecém e o investimento previsto é de US$ 750 milhões.
Segundo a senadora Patrícia Saboya (PSB-CE), "o contrato relativo à constituição da Usina Siderúrgica do Ceará e ao fornecimento de energia foi demoradamente negociado com a Petrobrás e, nessas condições, é de se esperar que a empresa tenha imposto condições viáveis. O que se vê, agora, é simplesmente uma ruptura de contrato. Levada por mudanças nas condições de mercado e por uma visão mesquinha de retorno financeiro e ignorando os enormes benefícios que a implantação da siderúrgica traria para o povo do Ceará, a Petrobrás desafia o presidente da República, tenta encontrar pretextos para a quebra do contrato firmado e coloca em risco um projeto de extrema importância para o Ceará e para o Nordeste".
A Petrobrás alega que, com a subida do preço do gás natural no cenário internacional, teria um prejuízo assombroso se cumpisse o contrato. O mesmo fator que foi relevado nas negociações com o governo boliviano não parece ter o mesmo tratamento quando o problema é dentro de casa.
O que os cearenses gostariam de verdade é que a estatal brasileira tivesse com o Ceará o mesmo carinho que tem com a Bolívia.
Segundo a senadora Patrícia Saboya (PSB-CE), "o contrato relativo à constituição da Usina Siderúrgica do Ceará e ao fornecimento de energia foi demoradamente negociado com a Petrobrás e, nessas condições, é de se esperar que a empresa tenha imposto condições viáveis. O que se vê, agora, é simplesmente uma ruptura de contrato. Levada por mudanças nas condições de mercado e por uma visão mesquinha de retorno financeiro e ignorando os enormes benefícios que a implantação da siderúrgica traria para o povo do Ceará, a Petrobrás desafia o presidente da República, tenta encontrar pretextos para a quebra do contrato firmado e coloca em risco um projeto de extrema importância para o Ceará e para o Nordeste".
A Petrobrás alega que, com a subida do preço do gás natural no cenário internacional, teria um prejuízo assombroso se cumpisse o contrato. O mesmo fator que foi relevado nas negociações com o governo boliviano não parece ter o mesmo tratamento quando o problema é dentro de casa.
O que os cearenses gostariam de verdade é que a estatal brasileira tivesse com o Ceará o mesmo carinho que tem com a Bolívia.
posted by Danilo Macedo at 16:35
5 Comments:
Acho que já basta um prejuízo na Bolívia.
Quanto à USC, poderá recorrer a medidas legais contra a maior estatal brasileira.
Caso a siderúrgica realmente não se instale por lá, o Brasil, ou mais precisamente o Ceará, deixará de contar novos postos de trabalho e de arrecadar impostos.
O desenvolvimento de um país tão grande quanto o Brasil, também depende da expansão de empresas capazes de gerar empregos e lucros, numa importante região como o Nordeste. É preciso, no entanto, que o governo faça valer o combinado e, não deixe que acerto de período eleitoral caia no vazio tão logo seja declarada a vitória nas urnas.
E, cabe ao jornalista averiguar e mostrar a realdidade dos fatos. Talvez, aí esteja uma boa diferença entre o mundo político e o mundo da notícia: relatar o antes, o durante e o depois e garantir a credibilidade.
Edit Silva
É, só nos resta ir morar na Bolívia... Só vi o post hj porque estava sem net em casa. Agora, finalmente estou conectado. :)
Tô passando pra ter dar maisuma vez os parabéns pelo Politicomania! Está cada vez mais interessante! Outra coisa queridão, a revista tá um pouco atrasada, deve ficar pronta perto do natal, aí, talvez seu presente de natal demore um pouco!rs
Mas assim que chegar eu te mando!Bjos!!
Olá,
não cabe a essa meu comentário questionar a postura da Petrobrás e sim o discurso da Senadora Cearense.
Falar que uma siderúrgica tras benefícios ao povo é polêmico. As siderúrgicas do estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais são cercadas por favelas, por 2 motivos: Utilizam mão de obra muito barata em suas instalaçoes industriais, fazendo com que ela distribua renda o suficiente para o trabalhador se manter, e não o suficiente para crescer; e segundo, não há nada que abaixe mais o preço do terreno do que uma grande planta industrial que solta fumaça o dia e a noite toda, cheira mal, é barulhenta ao extremo, e eleva a temperatura dos rios ao seu redor em 10 graus, matando todos os peixes e causando mais mal cheiro. A siderurgia é super nescessária. Não quero fazer papel de ambientalista extremalista aqui. Mas com a siderurgia brasileira na mão de 8 grupos que visam o máximo lucro e a mínima despesa não me parece algo que melhore a vida do povo.
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